O sistema de código de barras - que permite a digitalização de informação - tem vários formatos e aspetos. Linhas finas ou espessas, espaços maiores ou mais pequenos, e toda a gente se pergunta: a informação está nas linhas pretas ou nos espaços brancos?
Reunindo imensos desenvolvimentos tecnológicos, os códigos de barras são hoje em dia muito mais do que riscos verticais: 1D, 2D, 3D, códigos QR, etc. Neste artigo vamos aprofundar o conhecimento sobre o código de barras 3D e as suas vantagens sobre o código de barras 2D. Vamos lá!
Linhas pretas mais grossas ou mais finas e espaços em branco, é um exemplo do que vemos no canto da caixa dos cereais do pequeno almoço ou no pacote de uma barra de proteína, e são designados de códigos de barras 1D. Os códigos 2D são quadrados ou rectangulares, compostos de células/pixeis quadradas, podendo também ser designados por “Data Matrix”, dependendo da especificação.
Os códigos de barras podem parecer um elemento insignificante, com pouca relevância, num sistema. Mas quando estão complementados por leitores e impressoras de código de barras, computadores, etiquetas de código de barras contendo instruções específicas, e um software que liga todas estas interfaces e periféricos - criamos um ecossistema baseado na linguagem de códigos de barras, que é uma ferramenta poderosa na otimização das suas operações.
Os códigos de barras 3D apareceram com relativa rapidez, preenchendo uma necessidade do mercado. Os fabricantes dos sistemas de código de barras perceberam que um sistema inovador era necessário dado que as etiquetas usadas com os códigos 2D se descolam quando afetadas por temperaturas elevadas, uso de solventes ou outros químicos, ou mesmo com movimentos mecânicos aplicados sobre a etiqueta, e ainda a sua inutilização quando a zona de leitura foi apagada ou danificada, ou simplesmente com a transformação de matéria prima.
Isto significa que o uso deste modelo de identificação em produtos em vias de fabrico se tornava inviável, e que apenas produtos finais (em ambientes pouco agressivos) ou conjuntos montados poderiam beneficiar do uso de identificação com código de barras.
Foi necessário inovar, e nasce assim o código de barras em formato 3D. Os códigos 3D usam a mesma lógica dos códigos 2D. Os códigos 3D não são colados como etiquetas, não se “apagam”, não perdem cor/contraste ou linhas, porque são gravados nos próprios produtos (via gravação laser, ataque químico, etc). Nos sistemas 2D a leitura é realizada pelas diferenças na variação da luz refletida entre zonas escuras/claras, enquanto que nos sistemas 3D a diferença entre alturas dentro do código é que é usado como referência para a interpretação da informação contida.
Usando um sistema de leitura laser, é possível avaliar esta matriz de diferentes zonas e correspondentes alturas, assim determinando a informação contida, processando a informação no sistema, como com os sistemas 2D e 1D.
2D vs 3D, quem é o vencedor?
Os códigos 3D são usados em muitas indústrias, incluindo logística, embalagem, indústria do luxo, e em obras de arte. São escolhas óbvias pelas melhorias explicadas previamente.
Mas o grande benefício é a indústria da produção e da transformação, onde aliás esta necessidade foi originalmente detetada. Ainda que sejam práticos os sistemas 1D e 2D são pouco usados nestas indústrias, pelo ambiente agressivo de óleos de corte ou de proteção das superfícies, choques e manipulações bruscas dos materiais e o método de construção/produção (ex. maquinação CNC, injeção de plásticos).
A resposta é sim, e não.
Ambos os sistemas são baseados em código de barras, mas apresentam áreas de utilização e construção diferentes. Os códigos do tipo QR (Quick Response), tal como sugere o nome, promove o acesso rápido a um link. Os códigos QR são muitos comuns em processos de consumo ou público: vendas, entretenimento, café/restaurantes, publicidade, museus, manuais de instruções, etc.
No espectro oposto, os códigos de barras 3D são usado em ambientes produtivos ou de transformação, apesar de poderem ser usados em ambientes seguintes da cadeia de consumo ou manipulação. Mas o ponto chave é poderem se manter legíveis mesmo após estarem submetidos a ambientes agressivos.