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Tendências a observar em 2022 na Indústria Tech

Escrito por TIM Team | Jan 22, 2022 2:55:53 PM

Nos últimos 2 anos os nossos hábitos, ambientes de trabalho, as nossas prioridades e os processos de decisão estratégica foram gravemente alterados, com pouca ou nenhuma previsão de governos e empresas sobre o assunto. Não obstante o nível de incerteza sem precedentes que atingiu empresas e instituições em todo o globo, os níveis de inovação não pararam nos espaços tecnológicos. E apesar da transformação digital das empresas já ter tido início no pré-pandemia, foi notavelmente acelerada durante este período.

As tendências tecnológicas, que podem orientar as empresas para o ano de 2022, começaram a fazer parte da agenda atual. Assim designado pelos experts da indústria, estamos a entrar na era da digitalização “condensada”. Esta factor tem ganho relevância fruto do investimento que os gigantes tecnológicos e os países mais desenvolvidos têm feito de forma consistente, por forma a estarem na frente do pelotão.

O próximo período promete tecnologias de ponta e mudanças radicais, e tal como a pandemia tem demonstrado, estar preparado para o desconhecido é a característica de maior valor das empresas. Com esta ideia em mente, consultámos algumas tendências tecnológicas que devem chegar em 2022, e como podem ajudar a moldar o horizonte competitivo.

Companhias, grandes e pequenas, investem em soluções digitais

Tecnologias IoT que se usam (wearables): As soluções IoT wearable vão transformar as indústrias de fabrico, automóvel e logística, através da conectividade que promovem. Estes dispositivos permitem a introdução de dados e o processo em tempo real, enquanto monitorizam as performances dos trabalhadores.

Cibersegurança: A pandemia Covid-19 veio aumentar o risco de ataques cibernéticos, porque muitas empresas transitaram os seus conteúdos para online e passaram a usar ferramentas de acesso remoto.

Novos Superchips: Os processadores são os cérebros de qualquer computador. Consequentemente a competição para o desenvolvimento de super chips é intensa entre empresas tecnológicas com este perfil.

A Amazon e a Microsoft desenvolveram software nativo para os seus computadores equipados com super chips, que equipam os seus data centers. Previamente um dos maiores consumidores de chips, a Apple, está em transformação para se tornar um dos maiores fabricantes de chips, com desenvolvimento próprio.

Os chips são de alta relevância em todas as áreas tecnológicas, das tecnologias médicas aos sistemas electrónicos de apoio à condução automóvel. Esta necessidade está a transformar-se e, uma das maiores áreas de competição entre companhias e mesmo entre países. As empresas que pretendem dominar o mercado estão lentamente a moldar a indústria dos super chips através de investimentos avultados.

Realidade Combinada (ou Realidade Misturada - RM): Esta tecnologia emergiu como uma combinação da realidade virtual com a realidade aumentada e tenta acumular as vantagens de ambas, e levar a sua utilização para um nível mais alto. Graças aos sistemas de realidade aumentada, a perceção das superfícies, as tonalidades e reflexos da luz, e outros fatores do sistema podem ser definidos, enquanto a realidade virtual pode acompanhar as interacções do consumidor com um produto, por exemplo. A Realidade Combinada (Misturada) vai passar a fazer parte das tecnologias disponíveis e oferecer muitas oportunidades de utilização, para empresas e consumidores.



Biotecnologia: O desenvolvimento bem sucedido de vacinas Covid-19 com base tecnológica mRNA, fez surtir um interesse mais generalizado em ingredientes ativos de base mRNA. Os peritos avançam que o uso pioneiro de mRNA vai fazer surgir mais vacinas de base idêntica, e também inúmeras drogas, com desenvolvimento mais rápido, produzidas de forma simplificada, com tempos de chegada ao mercado mais curtos.

A carteira agora é o telefone: Na China, o pais com a maior população do mundo, realizar pagamentos com a aplicação “Alipay” ou “WeChat Pay” é bastante comum, e atraiu as atenções internacionais. É esperado que possamos realizar pagamentos, mesmo se fora do nosso pais de origem, com recurso ao telefone, em vez de uma carteira.

Enquanto as empresas de social media Facebook e WhatsApp tentam apresentar formas distintas de fazer pagamentos, as empresas de tecnologia como a Apple ou a Google já providenciam estes serviços de pagamento rápido, através de protocolos com bancos e empresas de crédito.

A Internet do Espaço: Comunicação via internet é necessário de forma generalizada em todo o globo, para diversas tecnologias, a Internet das Coisas, Condução Autónoma, Comunicação entre Máquinas, Acessos Remotos, etc. As iniciativas empresariais que pretendem providenciar ligações estáveis e rápidas com recurso a satélite, estão também a aumentar, com competição aguerrida, pela conquista do mercado.

O banco norte americano Morgan Stanley noticiou que o mercado de “satellite broadband” vai aumentar de 3.9b$ para 95b$ em 2040.

Automação intensiva nos postos manuais: Durante períodos de recessão, as empresas têm de poupar, mas existe uma outra possibilidade, mais dura para trabalhadores das empresas. Algumas empresas estão a apostar em transições radicais para automação dos postos de trabalho, ultrapassando alguns tabus tecnológicos motivadas pelo Covid-19. A automação é procurada maioritariamente para posições que necessitam de laboração contínua, e esta mudança suscita igualmente a transformação digital, uma necessidade igualmente atual. Esta transição para automação irá inevitavelmente eliminar alguns postos de trabalho.



Máquinas que falam: Por forma a maximizar a produtividade dos trabalhadores, as empresas já contam com o apoio de programas que interagem com o utilizador, respondendo a perguntas específicas, evitando buscas constantes de informação a ficheiros e emails. Está previsto que em 2022 as nossas ferramentas de trabalho possam corresponder a esta metodologia.

Computação na Cloud: Hoje em dia uma parte significativa do esforço computacional já é realizado em cloud computing, ainda assim os peritos consideram que o mercado de computação na cloud vai crescer em média 23% até 2023, valendo o mercado cerca de 500b$. O gigante Alibaba investiu recentemente na Giaa X na Europa para reduzir a taxa de dependência dos utilizadores nos fornecedores sediados na China ou no USA, como a Amazon.

Comunicação em tempo real no telefone: À medida que as empresas Telco lançam no mercado a infraestrutura e recetores com capacidade 5G, vai ser possível usar serviços mais rápidos, com transferência de informação em tempo real, sem latência nem perdas, e melhor qualidade de ligação.

Realidade Aumentada: Com a epidemia do Covid-19, o “e-commerce” está em transição para o “fast commerce” ou “Q-commerce” (quick) que garante entregas no dia ou mesmo em apenas algumas horas. Em paralelo os mecanismos de apoio à compra também foram acelerados, sendo a Realidade Aumentada essencial para o utilizador poder simular “vestir”, “combinar” ou “experimentar” as várias opções de onde pode escolher um produto, como se estivesse a visitar uma loja física: por exemplo se estiver a escolher um par de óculos pode simular o uso do artigo na sua cara!

A Corrida ao Espaço: As empresas SpaceX e Space Adventures continuam a corrida nos preparativos para enviar os primeiros turistas em viagens ao espaço, e planos mais ambiciosos de estabelecer colónias remotas. E pretendem reduzir os custos de envio de satélites, 3 a 5 vezes, apontando para 10k$ por Kilograma transportado usando novas tecnologias.

Internet of Behaviour (IoB): Desde que apareceu a pandemia Covid-19 muitos negócios fecharam, mas a situação está lentamente a mudar de status quo. Os negócios estão a reabrir, os trabalhadores voltam aos postos de trabalho mas com a necessidade de usar novas tecnologias e explorar novas necessidades, por exemplo na questão da higiene e evitar o contagio, com recurso a luvas e máscaras. E existem tecnologias disponíveis para garantir que os trabalhadores cumprem com esses requisitos. É o novo paradigma.

Com estas tecnologias os empregados são permanentemente avisados com luz ou som de sistemas autónomos se estiverem a infringir as regras impostas. Estas aplicações usam Inteligência Artificial para avaliar as situações, e portanto, o registo do comportamento dos empregados passa a ser uma variável a ter em conta.

A coleção destes dados e os registos de comportamento face a estas necessidades (ou outras) é designado de “Internet of Behaviour (IoB)”: a Internet do Comportamento. A existência deste tipo de informação, e a aplicação de IoB às indústrias e consumo, permite trazer melhorias constantes aos produtos e serviços, criando uma gama de oportunidade de negócios não existente previamente.

Você não tem desculpas para ficar para trás

Apesar de provavelmente não poder investir em todas as tecnologias emergentes, a verdade é que das tecnologias mencionadas, o custo de investimento varia imenso, consoante a tipologia do seu negócio e da escala que pretende implementar. E existem soluções imediatamente utilizáveis de baixo custo para iniciar a conversão digital das atividades do seu negócio, que lhe permitem ter um Retorno do Investimento (ROI) rápido e não requerem técnicos externos para a sua integração. E o melhor desta perspectiva é que pode começar com pequenos investimentos e avaliar à medida que fica mais familiarizado com as tecnologias, quais os detalhes que interessam mais ao seu negócio, e dessa forma poder conter o valor do investimento. Resumindo, invista em tecnologia e em ferramentas para os seus colaboradores e mantenha o seu negócio à frente da concorrência.